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Fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais são essenciais no processo de humanização do parto, defende Crefito 14

Publicado em: Quarta-feira, 16 de Novembro de 2016, 13:22h - Por: Redação

O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Piauí (Crefito 14) esteve em audiência pública, nesta segunda-feira (14), sobre a importância da humanização do parto na rede de saúde. O encontro foi promovido pelo Ministério Público do Piauí (MP-PI), representado pelo Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAODS), e ocorreu no Auditório da Procuradoria Geral de Justiça.

Representantes dos Conselhos de Psicologia e Enfermagem, OAB-PI, Conselho Estadual de Saúde, Fundação Municipal de Saúde, movimentos sociais, gestantes, dentre outros grupos, participaram da audiência e debateram as principais questões que permeiam sobre o universo da humanização do parto. Mulheres que sofreram desrespeito durante a gravidez também tiveram a oportunidade de se manifestar sobre as suas péssimas experiências neste momento tão delicado da vida.

O presidente do Crefito 14, Marcelino Martins, defendeu a presença do Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional durante a gestação e pós-parto, tendo em vista que são profissionais indispensáveis para a promoção da saúde. Para ele, é preciso também fomentar iniciativas que reduzam a mortalidade infantil e materna no Piauí.

“A violência obstétrica é uma triste realidade no Piauí. Recebemos graves denúncias de mulheres vítimas de abusos de medicação, tratamento desumanizado, além de outros problemas. Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional são de suma importância, tornando o parto cada vez mais natural e satisfatório, porém eles são cada vez mais raros no sistema de saúde. Estamos em estado de calamidade pública, por isso defendemos ações emergenciais para resolver esta grave situação”, destaca Marcelino Martins.

A humanização significa oferecer a todas as mulheres uma liberdade de escolha, prestando um atendimento com foco nas necessidades das pacientes, e não em  crenças. Neste sentido, o médico tem a obrigação de apresentar as opções de parto, com base no histórico do pré-natal, desenvolvimento fetal, ou seja, acompanhamento de todas as etapas, porém sem interferências de cunho pessoal.